Bilheteiro do Marista Hall
"Formei-me como Técnico Agrícola,
área que não tem nada a ver com o que faço hoje. Comecei no teatro,
no Palácio das Artes e trabalhei lá por 12 anos. Gostava muito,
e só saí porque recebi um convite da ngela Frahia para trabalhar
no Teatro Dom Silvério, onde estou há 7 anos, agora Marista Hall.
Quando era só Teatro Dom Silvério, era muito bom também, porque
o teatro, apesar de ter um espaço pequeno, atendia toda a demanda
de vários artistas, principalmente os mineiros.
Hoje, a demanda de
serviço é dez vezes maior, porque agora tem que atender ao Teatro
e à Arena, enfim, ao Marista Hall, que tem 3.800 lugares sentados
e 5.500 em pé. Quer dizer, é muita coisa e a gente trabalha dobrado.
Mas vale a pena, porque no final do dia, tem um resultado positivo
e todo mundo sai satisfeito. Quando entrei para essa área, senti
que a minha vida mudou. Gostei e estou até hoje. Parece um vício
e agora a minha segunda casa é aqui. Gosto muito de lidar com
o público. Achei esta parte de cultura e lazer muito melhor do
que a que me formei. Teatro, cinema, música, gosto muito dessas
coisas todas. A função do bilheteiro não é só vender bilhete não.
Se fosse só isso, seria muito fácil. Tem que lidar com a produção
dos eventos, que é muito diversificada, e cada produtor tem um
gênio. Tem que tratar o público com a maior educação possível,
com um bom atendimento, porque ele é o consumidor de cultura.
E, por último, fecho o borderô e faço os acertos com os produtores.
Conheço vários artistas, que também são pessoas muito exigentes
em relação à bilheteria. Um teatro é composto de técnicos, administração
e bilheteria. Então, envolve muita coisa e o cartão postal de
um teatro é, praticamente, a bilheteria, que é onde o pessoal
chega para comprar o ingresso e pedir informação.
RECADO
- Quero mandar um recado para a Fundação Clóvis Salgado, que
me ensinou a trabalhar nessa área. Agradeço por eu ter convivido
com várias pessoas na administração quando trabalhava lá. Aprendi
muita coisa e foi a minha escola. Hoje, sei tratar qualquer pessoa
de igual para igual, seja ela público, ator, atriz ou produtor.
PALCO BH - É a melhor coisa que existe na área cultural,
porque os jornais, hoje em dia, são todos na base do dinheiro.
É muito caro investir na mídia dos jornais e televisão. O Palco
BH circula livremente nos teatros e de graça. A pessoa que não
tem como comprar um jornal, tem acesso à informação do Palco BH.
O Guia também informa os endereços, tudo certinho. No jornal vem
tudo errado: preço do ingresso, o horário do evento, etc. Do que
eu já li do Palco BH até hoje, 99% das informações são certas.
É um meio de divulgação muito bom para o teatro. As pessoas que
curtem teatro, cinema e música adoram o Palco BH. Sempre perguntam
e vêm pegar aqui. Então, o Palco BH dá força e suporte para o
teatro mineiro."
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